Ciúme de Gaudério

Quando te vejo bailando, prenda,
Sinto um nó bem forte no peito.
Parece que o mundo conspirando,
Quer me tirar de ti, sem jeito.

Teu riso fácil, tão belo e puro,
Acalma a alma de quem escuta.
Mas só eu sei, meu amor seguro,
O tanto que a saudade machuca.

Confesso, sou um tanto possessivo,
Um bruto xucro, bem do interior.
Te trago sempre no cativo,
Com zelo, igual a brasa e calor.

Mas este ciúme, minha menina,
É o temor de não mais te ter.
Pois, no fundo, a maior sina,
É ao teu lado envelhecer.

Então, não te assustes, meu bem,
Se por vezes sou meio ríspido.
É que o coração de um gaudério,
Queima mais forte que estopim aceso.

— Jeovane Faria

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